sábado, 9 de outubro de 2010

A Tradução do Trail of Cthulhu

Tá, o trabalho está próximo do fim, e espero que consigamos terminar tudo até 15 de novembro, previsão do lançamento. Mas para os curiosos e jogadores antigo, como a lista de tradução está ficando:


Arquivo para Tradutores de Trail of Cthulhu, e jogadores:

 Ability pool = reserva de habilidade
 Academics = Erudição
 Academic Abilities = Habilidades Acadêmicas
 Accounting = Contabilidade
 Assess Honesty = Avaliar Honestidade
 Bargain = Barganha
 Belfry = campanário
 Black Man = Homem Negro
 Blasted = destruído
 Build Points = Pontos de Criação
 Campaign Frame = Estrutura da Campanha
 Clue(s) = Indício(s) / pista(s)
 Color Out of Space (A Cor Vinda do Espaço)
 Conceal = Ocultação
 Contest = Competição
 Cop Talk = Conversa Policial
 Cthulhu Mythos = Mythos de Cthulhu
 Cthulhoid = Cthulhunianos
 Craft = Ofício
 Crawling Chaos = Caos Rastejante
 Credit Rating = Avaliação de Crédito
 Dark Young - (Cria Negra)
 Deep Ones = Abissais
 Devil Reef – Recife do Diabo
 Dificult Numbers = Números de Dificuldade não, níveis de Dificuldade
 Dimensional Shambler - (Andarilho Dimensional)
 Djinn = Gênio
 Drives = Motivações
 Driving = Condução
 Elder Gods - (Deuses Antigos)
 Elder Sign - (Símbolo Antigo)
 Elder Things – Seres Ancestrais
 Eldritch = sobrenatural
 Erratic = confuso
 Evidence Collection = Coletar Evidência
 Explosives = Explosivos
 Filch = Surrupio
 Firearms: Armas de Fogo
 Flattery = Bajulação
 Fleeing = Fuga
 Flying Polyp - (Pólipo Voador)
 Forensics = Ciência Forense
 Formless Spawn - (Prole Amorfa)
 Fungi from Yuggoth - (Fungos de Yuggoth)
 General Abilities = Habilidades Gerais
 Ghouls = carniçais
 Gambrel roof – telhado gambrel
 Great Old Ones = Grandes Antigos
 Great Race of Yith = Grande Raça de Yith
 Health = Vitalidade
 Hit Thresholds = Limiares de acerto
 Hound of Tindalos - (Cão de Tindalos)
 Hunting Horror - (Horror Caçador)
 Hyperborean = hiperboreano
 Interpersonal abilities = Habilidades Interpessoais
 Interrogation = Interrogatório
 Investigative Abilities = Habilidades Investigativas
 Keeper = Guardião ou Guardiões
 Law = Direito
 Lemurian - Lemuriano
 Library Use = Usar Biblioteca
 Locksmith = Arrombamento
 Mechanical Repair = Reparos Mecânicos
 Mythos = Mythos
 Nightgaunt - (Espreitador Noturno)
 Non-player character = coadjuvante, ou personagem do Mestre
 Occupational Abilities = Habilidades Ocupacionais
 Other Gods - (Outros Deuses)
 Outdoorsman = Sobrevivência
 Outer Gods - (Deuses Exteriores)
 Piloting = pilotar
 Preparedness = Prontidão
 Point pools = reservas de ponto
 Pool = reserva
 Poring Over: Leitura Detalhada
 Pulp = Pulp
 Rat-Thing - (Coisa-Rato)
 Reassurance = Convencimento
 Riding = equitação
 Roll dice = lançar os dados, jogar os dados e, por último, rolar os dados
 Sand-Dweller - (Habitante da Areia)
 Sanity = Sanidade
 Scenario = Enredo
 Scuffling = Briga
 Serpent-folk = Povo Serpente
 Setting = Cenário
 Shadowing = Perseguição
 Shaken = abalado
 Shotgun = espingarda
 Skimming = Leitura Superficial
 Space Eater - (Devorador do Espaço)
 Star Vampire - (Vampiro Espacial)
 Stealth = Furtividade
 Streetwise = Manha
 Technical Abilities = Habilidades técnicas
 Trail of Cthulhu = Rastro de Cthulhu
 Trouble Sense = Sentir Perigo
 Xothian - Xothiano
 Weapons: Armas Brancas
 Willow = salgueiro
 Yellow Sign = Símbolo Amarelo
 Yithian: yithiano

NOME DE TOMOS E LIVROS DOS MITOS PERMANECEM INALTERADOS, A NÃO SER O “MANUSCRITOS” E OS “ESTILHAÇOS”.

Necronomicon
Cultes des Goules
De Vermys Misteriis
Eltdown Shards = Estilhaços de Eltdown
Manuscritos Pnakóticos
Livre d'Ivon
Unaussprechlichen Kulten
Cthaat Aquadingen

NOMES PRÓPRIOS DE LOCALIDADES PERMANECEM INALTERADOS, A NÃO SER O “DREAMLANDS” E A “UNIVERSIDADE”.:

Arkham
Celephaïs
Providence
Innsmouth
Dunwich
Abdul Alhazred
Dreamlands = Terras dos Sonhos
Kingsport
R’lyeh
Benefit Street
Miskatonic University = Universidade Miskatonic
Sentinel Hill

NOMES PRÓPRIOS DOS MYTHOS E RAÇAS PERMANECEM INALTERADOS:

Nodens
Cthulhu
Mordiggian
Chaugnar Faugn
Mi-go
Shoggoths
Azathoth
Tsathoggua
Gug
Miri Nigri
Nagaee
Felch
Y’Golonac
Eihort
Nyarlathotep
Hastur
Shub-Niggurath
Yog-Sothoth

That is not dead which can eternal lie. And with strange aeons even death may die

"Não está morto o que pode eternamente jazer, e após estranhas eras, mesmo a morte pode morrer".

terça-feira, 7 de setembro de 2010

2º Quer ajudar a traduzir o Rastro de Cthulhu? Ou Discussões na tradução do Rastro de Cthulhu

Após as discussões, a lista evoluiu para a seguinte:


That is not dead which can eternal lie. And with strange aeons even death may die

"Não está morto o que pode eternamente jazer, e com estranhas eras, mesmo a morte pode morrer". (Agora ficou muito bom! Mas eu mudaria uma única palavra, deixando de ser uma tradução literal para ser uma tradução semântica: "Não está morto o que pode eternamente jazer, e APÒS estranhas eras, mesmo a morte pode morrer")



OS ADJETIVOS PÁTRIOS:

Mordiggian - Mordiggiano
Lemurian - Lemuriano
Yithian - Yithiano
Xothian - Xothiano

NOMES PRÓPRIOS DOS MYTHOS E RAÇAS:

Nodens
Cthulhu
Chaugnar Faugn
Mi-go
Shoggoths
Azathoth
Tsathoggua
Gug
Miri Nigri
Nagaee
Felch
Y’Golonac
Eihort
Nyarlathotep
Hastur
Shub-Niggurath
Yog-Sothoth
Ghoul (Esse vamos manter como Carniçais, pelos motivos explicados anteriormente. Se preferirem manter o original, ok).

NOMES PRÓPRIOS DE LOCALIDADES:

Arkham
Celephaïs
Providence
Innsmouth
Dunwich
Abdul Alhazred
Dreamlands (Esse vamos manter como Terras dos Sonhos, pelos motivos explicados anteriormente. Se preferirem manter o original, ok).
Kingsport
R’lyeh
Benefit Street
Miskatonic University Por que não traduzir isso aqui? Universidade Miskatonic, por exemplo.
Devil Reef – Recife do Diabo


NOME DE TOMOS E LIVROS DOS MITOS

Necronomicon
Cultes des Goules
De Vermys Misteriis
Manuscritos Pnakóticos
Livre d'Ivon
Unaussprechlichen Kulten
Cthaat Aquadingen

TERMOS QUE PODEM OU NÃO TER TRADUÇÃO

Color Out of Space ( A Cor Vinda do Espaço) Bem, ainda não tive retorno do pessoal da editora, mas como disse, a gente estava optando por manter igual ao título do livro da Iluminuras (e de um dos melhores contos do HP, na minha singela opinião). Porém, acho mais apropriada sua tradução do que da Iluminuras. O que devemos optar: pela tradução já mais famosa, ou por uma nova, mais apropriada?

Dark Young - (Cria Negra)

Deep One - (Abissal)

Dimensional Shambler - (Andarilho Dimensional)

Flying Polyp - (Pólipo Voador ou Alado?) Fiquei analisando depois da sugestão do tradutor, e cheguei à seguinte conclusão: alado, de acordo com o dicionário, é o que possui asas, e não necessariamente voa. Por exemplo, uma galinha é alada, mas não é capaz de voar. Os Pólipos voam, mas nas suas representações descritivas e gráficas, eles não possuem asas, apenas voam. Logo, alado seria inadequado para um bicho sem asa, mas que voa. Pronto, voltei a preferir Pólipo voador. Além do mais, se Lovecraft quisesse que eles se chamassem alados, batizaria-os de Winged Polyps. Alguém contra?

Formless Spawn - (Cria Amorfa ou Prole Amorfa?). Votos?

Hound of Tindalos - (Cão de Tindalos)

Hunting Horror - (Horror Caçador)

Nightgaunt - (Espreitador Noturno)

Sand-Dweller - (Habitante da Areia)

Space Eater - (Devorador do Espaço)

Cthulhu Mythos – (Mitos de Cthulhu) Esse ainda vai ficar na querela. Possivelmente, mesmo contrariando a sugestão dada, manteremos Mithos de Cthulhu, pelas razões já dadas anteriormente.

Star Vampire - (Vampiro Espacial)

Fungi from Yuggoth - (Fungos de Yuggoth)

Elder Things – Seres Ancestrais

Rat-Thing - (Coisa-Rato) Na falta de opção melhor.

Elder Gods - (Deuses Antigos)

Other Gods - (Outros Deuses)

Outer Gods - (Deuses Exteriores)

Great Old Ones - (Grandes Antigos)

Elder Sign - (Símbolo Antigo)

Gambrel roof – telhado gambrel

Devil Reef – Recife do Diabo

OUTROS
Belfry = campanário
Willow = salgueiro
Eldritch = sobrenatural

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Quer ajudar a traduzir o Rastro de Cthulhu? Ou Discussões na tradução do Rastro de Cthulhu

Segue abaixo uma pequena discussão que eu, o Denílson do Site Lovecraft e mais alguns amigos estamos tendo sobre a tradução de termos de Lovecraft. Queremos fazer uma unificação das traduções dos termos lovecraftianos (tanto para o lançamento do Rastro de Cthulhu, bem como para o lançamento dos dois livros relacionados aos Mythos de Cthulhu que o Denílson tem trabalhado), e por isso estamos debatendo várias possibilidades. Se quiser ser mais um para ajudar, esteja à vontade para comentar este post, ou entrar no grupo de Lovecraft do yahoogroups. Tudo foi escrito pelo Denílson, e meus apontamentos estão em itálico. Abraços!


That is not dead which can eternal lie. And with strange aeons even death may die

“Não está morto aquilo que pode ficar em repouso eterno, e, junto a eras estranhas, até a morte pode morrer.”

Tradução adequada. Mas em inglês fica bem mais sonoro, né?



OS ADJETIVOS PÁTRIOS DEVEM SER TRADUZIDOS: (perfeito)

Mordiggian - Mordiggiano
Lemurian - Lemuriano
Yithian - Yithiano
Xothian - Xothiano

NOMES PRÓPRIOS DOS MYTHOS E RAÇAS NÃO DEVEM SER TRADUZIDOS:

Nodens
Cthulhu
Chaugnar Faugn
Mi-go
Shoggoths
Azathoth
Tsathoggua
Gug
Miri Nigri
Nagaee
Felch
Y’Golonac
Eihort
Nyarlathotep
Hastur
Shub-Niggurath
Yog-Sothoth
Ghoul (cara, apesar de saber que ghouls não são necessariamente carniçais, vamos optar por traduzir carniçais pois, se não é o sentido exato, é quase exato.
Enquanto:
ghoul
ghoul
n demônio lendário que ataca túmulos e se alimenta de cadáveres.
Vemos que:
carniçal
car.ni.çal
adj m+f (carniça+al3) V carniceiro. 1 Que se alimenta de carne ou que prefere a carne como alimento. 2 Cruel, feroz, sanguinário. 3 Diz-se do primeiro dos dentes molares dos mamíferos carnívoros. 4 Que se alimenta de carniça (p ex, a hiena). sm 1 O que mata reses para as vender a retalho. V açougueiro e magarefe. 2 pejCirurgião inábil. 3 Entom Espécime dos coleópteros pentâmeros que se alimentam de carne. 4 Entom Vespídeo da região da Ribeira, no Estado de São Paulo. 5 Zool Ordem de mamíferos que têm molares providos de cúspides aguçadas.
Além do mais, a gente sempre vai tentar traduzir o máximo possível as coisas, para o não falante em inglês entender. Todavia, vou mandar esse arquivo aqui para a editora, vamos ver o que o pessoal acha).


NOMES PRÓPRIOS DE LOCALIDADES NÃO DEVEM SER TRADUZIDOS:

Arkham
Celephaïs
Providence
Innsmouth
Dunwich
Abdul Alhazred
Dreamlands (apesar de ainda não termos discutido esse termo na tradução, por que não traduzi-lo? Como disse, há uma diferença de públicos. O público de vocês, lovecraftianos, preferirão deixar como está pelo hábito de sempre ler assim. Nosso público, em sua maioria não falante do inglês e pouco conhecedor de Lovecraft, certamente preferirá ler “Terras dos Sonhos” ou algo assim para entender realmente do que se trata).
Kingsport
R’lyeh
Benefit Street
Miskatonic University
Devil Reef – Recife do Diabo (este aqui abrimos uma excessão)


NOME DE TOMOS E LIVROS DOS MITOS NÃO DEVEM SER TRADUZIDOS

Necronomicon
Cultes des Goules
De Vermys Misteriis
Pnakotic Manuscripts (discordo totalmente deste. Enquanto os outros estão em outras línguas, esse está no bom e velho inglês, o quer dizer que pode ser traduzido sem traumas. Manuscritos Pnakóticos me parece uma boa opção).
Livre d'Ivon
Unaussprechlichen Kulten
Cthaat Aquadingen

TERMOS QUE PODEM OU NÃO TER TRADUÇÃO

Color Out of Space ( A Cor Vinda do Espaço) Por enquanto nossa tradução era A Cor que Caiu do Espaço, mas vou conversar com o pessoal da editora, e podemos ver se dá para a gente adaptar assim.

Dark Young - (Cria das Trevas) optamos por Cria Negra, e, sinceramente, acho mais apropriado.

Deep One - (Profundos) Eu também quis essa tradução durante um tempo. Depois de muito pesquisarmos e debatermos, inclusive consultando as traduções nacionais, acabamos chegando num denominador comum que nos pareceu extremamente satisfatório. Seres das Profundezas ou Seres Abissais nos parecia uma tradução muito extensa para um termo de sete letras. Por isso, concluímos que Abissal, simplesmente, conseguia corresponder nossa necessidade, além de ser um termo mais “Lovecraft” do que Profundo. Observe e diga que não é adequadíssimo:
abissal
a.bis.sal
adj m+f (abisso+al3) 1 Relativo ao abismo; abismal, abíssico. 2Das grandes profundidades marítimas. 3 Que vive no abisso. 4Assombroso, espantoso, pelágico, tétrico. 5 Geol Designativo dos sedimentos marinhos formados em profundidades abaixo demil metros. 6 Geol V plutônico.

Dimensional Shambler - (Andarilho Dimensional) Apesar de não termos debatido ainda essa tradução, acho que não traduz realmente o sentido. Shambler é um cara que anda cambaleante, bamboleante. Se você pegar alguma representação de filme ou desenho de um dimensional shambler, ou ainda nas estórias e no RPG, verá que o jeito dele andar é algo extremamente característico. Para quem já narrou a aventura introdutória do CoC, sabe descrever bem um desses. Eu devo sugerir Trôpego Dimensional, ou algo assim para a editora, e o tradutor sugeriu dançarino. Ainda não sei o que isso vai dar.

Flying Polyp - (Pólipo Voador) o tradutor sugeriu como Pólipo Alado. Alado fica mais lovecraftiano, admito. Mas para mim, pólipo voador fica ok também. Vamos ver.

Formless Spawn - (Cria Amorfa) o tradutor optou por Prole Amorfa. Gostei também da tradução dele, que foge do lugar-comum de sempre se traduzir Spawn como cria. Como disse, vou mandar para o pessoal da editora decidir.

Hound of Tindalos - (Mastim de Tindalos) Bem, nossa tradução ficou como Cão de Tindalos, e certamente prefiro. Relembro que hound é um termo genérico para cachorro, não especificando a raça, mas normalmente usado para caça. Os mastins não são cães de caça, mas de guarda ou de guerra. Portanto, não seria uma tradução adequada, pois foge do sentido do texto.

Hunting Horror - (Horror Caçador)

Nightgaunt - (Espreitador Noturno) O nosso tradutor sugeriu Espreitador da Noite, mas confesso que prefiro noturno.

Sand-Dweller - (Habitante da Areia)

Space Eater - (Devorador do Espaço)

Cthulhu Mythos – (Mitos de Cthulhu) Preferimos utilizar Mythos de Cthulhu porque não está em inglês, mas em grego, o que foi uma opção dos autores lovecraftianos bem fundamentada. Se fosse Cthulhu Miths, ok, ficaria bem a tradução. Mas quando se optou para se escrever em grego, foi para dar essa cara de antiguidade na coisa, deixar bem Lovecraft. O Guilherme, tradutor da Retropunk, optou por deixar o Mythos de Cthulhu, e achei bem apropriado.

Star Vampire - (Vampiro Espacial) Gostei, e prefiro em relação à sugestão do nosso tradutor, que optou por Vampiros das Estrelas (parece um crossover entre Star Wars e Crepúsculo, o que seria algo de extremo mau gosto).

Fungi from Yuggoth - (Fungos de Yuggoth)

Elder Things - (Antigos - nao confundir com os Grandes Antigos!!) Mas, certamente, o leitor irá confundir (pelo menos, o leigo.) Nossa tradução, por enquanto, optou por Seres Antigos, mas confesso que também não gosto. Vamos ver onde isso chega.

Rat-Thing - (Homem-Rato) O tradutor optou por Criatura Rato. Talvez um hífen fosse apropriado aqui, como Criaturas-Ratos. Não gosto da tradução Homem-Rato porque quando se cunhou o termo “Thing”, ou seja, “Coisa”, foi justamente para se fugir da idéia de que não era um homem, mas uma coisa. Optar por Homem-Rato seria desvirtuar o sentido. Apesar de não gostar também do Criatura-Rato, não vejo, no momento, nada melhor do que isso.

Elder Gods - (Deuses Antigos)

Other Gods - (Outros Deuses)

Outer Gods - (Deuses Exteriores) Gostei dessa, e preferi em relação à opção de nosso tradutor, de deuses alienígenas.

Great Old Ones - (Grandes Antigos)

Elder Sign - (Smbolo dos Antigos) Não é dos antigos, é Símbolo Antigo. Elder é um adjetivo, ligado ao substantivo sign. Simples assim. Se fosse, por exemplo, Elder’s Sign, Elders’ Sign ou Sign from Elders, poderia ser traduzido assim. Optar por essa forma, no meu entedimento, seria um desvirtuar o significado real.

Gambrel roof – telhado gambrel

Devil Reef – Recife do Diabo (este aqui embora nome próprio abrimos uma excessão)

OUTROS
Belfry = campanário
Willow = salgueiro
Eldritch = sobrenatural Discordo. Vem do termo Elder, que é ancião. Logo, eldritch significa ancestral, e não necessita ser algo sobrenatural. Uma magia inventada hoje, agora, seria sobrenatural, mas não ancestral. Eldritch está relacionado a tempo, e não a ser ou não algo sobrenatural.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

4º Quero Jogar RPG no ICB (BH)

Estarei lá, mestrando Dark Heresy.

Mais informações:

http://valhalla-rpg.blogspot.com/2010/07/4-quero-jogar-rpg.html

Até lá

sábado, 3 de julho de 2010

Chegou o Tormenta RPG

Agradeço ao Guilherme da Jambô pelo envio, e confesso que gostei demais do que recebi aqui em casa. Apesar da capa (sim, a velha questão), o livro parece que veio suprir qualquer demanda por uma evolução nas regras d20 3.5, e fiquei muito satisfeito por esse (que alguns chamam de) pathfinder nacional. Apesar de discordar dessa alcunha por motivos de gênese (no nacional, o cenário nasceu primeiro que o sistema, e no segundo, o inverso), tenho que falar: qualquer pessoa desse país que quiser jogar um rpg medieval com regras bastante adequadas e evoluídas, já possui um livro com preço acessível (é melhor 1 x 75 do que 3 x 80, concordam?), qualidade muito boa de edição, dentre outras qualidades. Prá quem ama medieval (confesso que sou menos entusiasta que muitos no tema), este é o RPG, e ponto final.
Levei para ser avaliado por um grupo que joga Forgotten Realms comigo há bastante tempo. Esse meu grupo, fora a mim, despreza RPGs nacionais ou traduções, comprando só as coisas originais por um motivo de "qualidade e preço" conforme eles dizem. Quando cheguei com o novo Tormenta até eles, pessoas que nem sabem do que se trata Tormenta, recebi algumas perguntas e comentários interessantes. Primeiro, eles perguntaram quem havia traduzido o livro (talvez porque eu trabalhe nessa indústria), coisa que me fez morrer de rir no início, e explicar o que é o TRPG. Até mesmo eles, que odeiam coisas nacionais e traduções, ficaram bastante impressionados com a qualidade do livro, e discutimos muita coisa interessante sobre as regras, sobre o que é "puro Pathfinder" no livro, o que é original, o que melhorou em relação à 3.5, estas coisas. E, obviamente, sem eu ao menos falar nada, fizeram críticas à capa, que poderia ter sido escolhido uma das ilustrações de dentro do livro (pois o livro apresenta pelo menos uma dezena de ilustrações bem melhores que a da capa). Meu amigo perguntou, quando lia a parte de raças, "cadê o Merfolk?". Só entendi a pergunta quando ele explicou que já que havia um merfolk na capa, tinha que ter a raça para ser jogada. Além disso, consegui convencer ao Mestre para incluir em nosso jogo a regra de Pontos de Ação do Tormenta, que acho bastante interessante e atual de game design (Pontos Heróicos de M&M, ou Fate Points de Dark Heresy). Todavia, ele disse que vai adequar esses pontos às divindades de Faerun, para ficar mais com cara de Forgotten Realms.
No mais, parabéns ao trio de Seis pelo excelente livro criado, que certamente será motivo de muita diversão na minha vida ainda.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Doze Regras para se Traduzir RPG, e outros textos


"Poesia é o que se perde na tradução." Robert Frost

Já trabalho com tradução e revisão textual há mais de dez anos, apesar de ter relativamente pouco tempo que o faço de forma profissional. Apesar da experiência ainda não muito grande profissional (estou terminando o terceiro livro a ser publicado), acredito que tanto tempo a serviço da tradução/revisão me permitem fornecer algumas dicas para tradutores amadores e profissionais que lutam para traduzir textos, seja para publicação, ou para seus jogos caseiros de RPG (coisa que eu faço muito):

Primeira regra: dedique-se profundamente. A tradução é um serviço de pesquisa, e vai exigir que você pesquise, pesquise e, ao acabar, pesquise mais um pouco. Esta primeira regra, na verdade, abrange todas as demais, e por isso as precede. Grande parte dos erros de tradução ocorre devido a pouca profundidade do tradutor na pesquisa. E isso pode ser percebido nas próximas dicas.

Segunda Regra:
pesquise em uma boa fonte bibliográfica. É importante ter uma boa fonte bibliográfica. Quando traduzo, utilizo 3 dicionários de inglês (sendo um bem completo de inglês-inglês, Longman, e os demais inglês-português), além do site Wordswarm (http://www.wordswarm.net/), que me fornece imediatamente 15 dicionários em inglês-inglês. Utilizo também um bom dicionário de português (ABL), uma gramática do português excelente (a melhor de todas, do Celso Cunha e Lindley Cintra) e uma atualizada com as novas regras, mas não tão boa (do Sacconi), um dicionário de phrasal verbs do inglês (Longman, of course), e um programa chamado DICMAXI Michaelis, que me fornece cinco dicionários (de inglês, francês, alemão, espanhol e português). Se você somar, tenho aí 27 fontes de consulta, e por isso que para se traduzir não se pode ter preguiça: se necessário for, consulto as 27, e no último caso, a internet de forma geral se não consegui matar a charada. Expressões, coisas pop como programas de TV, atores, etc, que não figuram em dicionários, sempre são difíceis de traduzir, e ferramentas como a Wikipedia podem te fornecer de forma rápida uma resposta para uma pulga que insistia em permanecer atrás da orelha.

Terceira Regra: Sim, é um phrasal verb. A maioria dos verbos que possui uma preposição na seqüência (seja na sua seqüencia imediata, ou com uma palavra intermediando o verbo e a preposição) é um phrasal verb. A língua inglesa possui muitos deles. E phrasal verbs podem possuir significados totalmente diferentes dos verbos que os compõem. Portanto, descubra seu significado, ao invés de traduzir o verbo e a preposição em separado. Isto é um erro grave de tradução, porque algumas vezes vão causar erros grosseiros no texto, e mudanças radicais de sentido das frases. Um bom tradutor, profissional ou não, possui um dicionário de phrasal verbs, pois ele é tão importante quanto o dicionário normal;

Quarta Regra: não se envergonhe de olhar no dicionário. Ele fornece opções melhores do que aquele único significado que você consegue se lembrar quando lê a palavra. Muitas vezes, ao lermos uma palavra, lembramos imediatamente do significado mais comum que ela possui, e traduzimos assim imediatamente. Mas depois, ao se ler, percebemos que há alguma coisa estranha no texto. E, devido à palavra ser aparentemente simples, você não a culpa pelo problema no texto, tentando achar outras respostas. Quando for traduzir qualquer palavra mais simples possível, mas que apresente uma sensação estranha no texto, recorra ao dicionário. Muitas palavras possuem vários significados, e o autor poderia estar pensando em um dos significados que você ainda não conhece (mas que vai conhecer, porque traduzir é aprender).

Quinta regra:
cuidado com falsos cognatos. Essa regra é bem próxima da anterior. Nem toda palavra que soa parecida com uma em português possui o mesmo significado. Por isso, é importante novamente se consultar os dicionários sempre. Caso contrário, você pode acabar criando verdadeiras falácias textuais.

Sexta regra (e uma das mais importantes):
mais importante que saber o idioma que se está traduzindo é saber o português. O processo de tradução significa tornar algo que está escrito em inglês (ou outro idioma) para o português (ou outro idioma). Não basta conhecer apenas um destes idiomas, mas os dois. Portanto, se você não se garante nos seu português, terá dificuldade em traduzir outros idiomas para essa língua, mesmo sabendo muito o outro. O processo de decodificação necessita que seu operário conheça os dois códigos lingüísticos, ou o trabalho certamente não ficará bom.

Sétima Regra: leia e releia: uma coisa que aprendi com outro tradutor, que me deu toques bem bacanas (valeu, Guilherme Svaldi), foi a importância da revisão do próprio trabalho. Depois de traduzir um texto, se afaste dele por um mês. Um mês depois, leia o que você fez. Você terá se “descontaminado” do texto, e estará lendo ele como um leitor que não o traduziu. Você perceberá claramente quais foram os seus erros, e o que você escreveu que não soa muito bem, ou que pareceu estranho. A partir daí, você revisará seu texto, tornando mais “digerível” ao leitor comum.

Oitava regra: seja coerente, ou crie um Frankenstein. Se você traduz uma palavra ou expressão de certa maneira, e mais a frente a traduz de outra forma, você estará complicando demais o entendimento de quem lê sua obra (a não ser, claro, que o leitor também seja um tradutor, e perceba o que você errou). Seja coerente, mantendo a tradução igual de termos. Certa vez comprei um livro traduzido de RPG que podia verificar claramente essa falta de coerência, causada talvez pelos 3 tradutores diferentes no livro (taí uma prática que discordo, apesar de já ter participado de algo assim, justamente por isso. É necessário que haja uma grande interação entre os tradutores, ou que o revisor seja especialmente bom, para que isso dê certo).

Nona regra: o inglês não é o português. São línguas que nasceram de origens distintas e, por isso, possuem regras gramaticais diferentes. Não tente pensar em português quando se lê o inglês, e muito cuidado com as traduções literais. Lembre-se sempre que, ao traduzir, você está produzindo um texto em português, e não em inglês. Logo, deve seguir as regras do português mais adaptáveis ou próximas ao que está escrito em inglês, e não simplesmente transcrever um texto, passando palavra por palavra do inglês para o português. Se isso desse certo, não existia mais tradutor no mundo, posto que existem ferramentas da internet que fazem isso. Pelo amor de deus: substantivos pátrios, que em inglês sempre ficam com letra maiúscula, não permanecem em maiúscula em português.

Décima regra:
a pressa é inimiga da perfeição. Isso é uma regra universal que vale desde o sexo à tradução. Portanto, não se afobe se você estiver demorando demais em determinadas partes do texto. Você deverá sempre, ao traduzir, fazer uma escolha: qualidade ou velocidade? Eu, pelo menos, prefiro optar sempre pela primeira opção, apesar de ter prazos contratuais a cumprir que podem te atrapalhar.

Décima Primeira regra:
lembre-se do profissionalismo: o diploma de Letras não se compra na Padaria. Tem muita gente que não entende o peso de um curso de Letras, principalmente aqueles feitos em uma grande faculdade (no meu caso, a Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais). Muitas pessoas pensam que qualquer pessoa pode traduzir ou revisar textos, e que isso é um trabalho simples e fácil. A grande maldição do “Letrado” é a desvalorização do seu trabalho. Certa vez recebi o pedido de um chefe meu para revisar a monografia dele. Obviamente, disse meu preço para o serviço, e disse conhecer outros revisores profissionais que poderiam fazer um preço mais em conta para ele. Ele não gostou, pensando que eu deveria fazer de graça, e decidiu não revisar nada e entregar do jeito que estava, porque “revisar não era uma coisa tão importante assim” e “qualquer um era capaz de escrever português corretamente”. Depois, veio me falar que deveria ter me ouvido: apesar do trabalho dele estar muito bom, recebeu várias ressalvas quando à inadequação vernacular utilizada no texto. Ou seja, apresentou uma pesquisa com erros de português, algo impensável (pelo menos, penso assim) no ambiente acadêmico.

Décima Segunda regra: humildade. Ter humildade é importante, porque ninguém no mundo sabe tudo. E mesmo um tradutor experiente pode receber críticas sobre a sua tradução, ou receber sugestões muito boas de pessoas menos capacitadas que ele. Por isso, não se deve nunca “magoar” com pessoas que apontam suas falhas, mas sim tentar aprender com elas. Confesso que tive, no início, um pouco de dificuldade de lidar com isso, mas que estou melhorando muito. Afinal, quando alguém te sugere algo (o que não te obriga a aceitar, mas a pensar sobre isso e, se viável, aceitar), acaba de certa forma te aperfeiçoando. Pois não há professor melhor do que nossos erros.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Resenha: Dark Heresy - Parte 4


As Carreiras (Career Paths)
Como as classes de D&D, as carreiras funcionam como profissões dos personagens, e definem suas habilidades e a evolução delas.
Adept: os adepts são os sábios, professores, arquivistas, bibliotecários, que detém todo tipo de conhecimento possível;
Arbitrator: mais do que um policial comum, os arbitrator são juízes, homens que trabalham em nome do Império para manter a ordem e as leis imperiais;
Assassins: os assassins são matadores de aluguel, caçadores de recompensa, entre outros;
Cleric: são os padres do Império, membros da Eclesiarquia.
Guardsman: esses são os policiais comuns e os soldados dos exércitos e de guardas do universo;
Imperial Psyker: indivíduos com poderes psíquicos, monitorados e punidos pelo Império por sua facilidade de corrupção;
Scum: a escória são os rogues de D&D, os ladinos, ladrões e bandidos do universo;
Tech-Priest: Padres da Tecnologia, pregadores do deus Omnisiah e da importância da tecnologia para a humanidade.